Roberto Carvalho se prepara para lançar, no dia 18 de julho, a partir das 19h, na AMEI, São Luís Shopping, o livro Tradutores inusitados: registros da influência francesa na produção editorial maranhense em meados do século XIX. A obra versa sobre obras traduzidas por três vultos maranhenses daquele século. A ideia de produzi-lo surgiu a partir de alguns ensaios que elaborou como resposta a muitas provocações experimentadas ao longo de cadeiras e seminários de investigação cursados no doutoramento em Estudos Portugueses, na Universidade Nova de Lisboa, Portugal.
O livro é composto por três ensaios. O Primeiro é “A Bibliotheca Dramatica de Antônio Rego”. Trata-se de uma coletânea de peças teatrais de autores franceses; O segundo, “‘Um maranhense em França’: a influência romanesca e a conversão sui generis do episódio do Adamastor, de Os Lusíadas, na Ilha de São Luís”, conduz o leitor à obra de José Ricardo Jauffret. A posição que Jauffret ocupa entre os de seu tempo é bastante curiosa. Enquanto muitos literatos maranhenses ocuparam-se em traduzir para o português obras de grande repercussão internacional, ele converteu para o francês um trecho de Os Lusíadas, de Luís de Camões. O terceiro é “Hugolatria lusobrasileira: traduções de Os Miseráveis em terras d’Aquém e d’Além-mar”. Neste terceiro e último ensaio, traça um quadro pequeno em que buscou esclarecer um episódio editorial internacional que envolve uma grande obra da literatura universal, de Victor Hugo (Os Miseráveis, 1862). Para o pesquisador, a edição de Os Miseráveis comprava a pujança editorial maranhense, pois foi lançada simultaneamente à de Paris.
O autor
Roberto Sousa Carvalho é aluno do Doutoramento em Estudos Portugueses, área de especialidade “História do Livro e Crítica Textual”, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; mestre em Estudos Editoriais pela Universidade de Aveiro, Portugal, com diploma reconhecido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba; e graduado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Maranhão. Tem sólida experiência no ramo livreiro, atividade que tem se dedicado há 25 anos, desenvolvendo trabalhos de planejamento gráfico e consultoria editorial. É especialista em recuperação da informação (data mining). É sócio correspondente da Academia Codoense de Letras, Artes e Ciência. Atualmente, exerce o cargo de bibliotecário-documentalista na Editora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e realiza trabalhos de editoração eletrônica no Instituto Geia. Investigador assistente do Centro de Humanidades (CHAM), integra o grupo de investigação “Leitura e formas de escrita”. É bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). Estuda os temas história do livro e da edição, mercado livreiro e planejamento gráfico-editorial.
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