Uma surpresa tomou ontem conta dos meios políticos e jurídicos maranhenses: o candidato do PCdoB entregou a primeira prestação de contas parcial ao TSE sem declarar nem despesa nem receita.
A surpresa vem do fato de a campanha de um ex-juiz e advogado ignorar de forma simplória e audaciosa a lei eleitoral, uma prática que remete à investigação que o TCU e a CGU fazem sobre as suas contas na EMBRATUR.
É estranho que uma campanha nas ruas há 40 dias não mostre à população quais foram as despesas feitas e os recursos usados para pagá-las. O candidato do PC do B, Flavio Dino, certamente fez despesas, mas não mostrar os recibos e o pagamento levanta estranhezas.
Uma campanha usa recursos para gasolina, aluguel de casas para comitês e veículos, confecção de material informativo, cartazes, carros de som, alimentação, viagens ao interior etc. A lei obriga os candidatos a declararem essas despesas, com os respectivos recibos, e o pagamento. Ou seja, despesa e receita.
Não revelar os gastos, não mostrar os recibos e nem mostrar a receita que a campanha tem para pagar seus gastos é uma atitude no mínimo suspeita. Ainda mais para um candidato que fez questão pedir dinheiro da população, através de cartão de crédito, fazendo as pessoas pagarem comissão a empresas comerciais. Onde está, então, essa receita? E que despesas elas cobriram? Quais foram os gastos e com que dinheiro eles foram pagos?
É interessante notar que mesmo o candidato do PCB, Josivaldo Correia Silva, apesar de uma campanha pequena, apresentou sua declaração de receita, de R$ 600,00. O candidato do PSTU, Saulo Arcangeli declarou ter arrecadado R$ 1.350,00.
O que reforça a pergunta: por que Flavio Dino não declara o que arrecada e o que gasta?
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