A Rede Amiga da Criança em articulação com a Ação Nacional "Criança Não é de Rua" realizará na quarta-feira (23) um ato simbólico em defesa dos direitos de crianças e adolescentes que vivem em situação de rua. A mobilização era realizada anualmente no período da semana santa, teve inicio em 2007 em Fortaleza, em 2008 Fortaleza e Recife e desde 2009 acontece em várias capitais.
Este ano vai acontecer dia 23 de julho, dia em que ocorreu a Chacina da Candelária. O ato é um gesto de solidariedade e uma forma de continuar denunciando a escandalosa situação de rua das crianças e adolescentes no Brasil. 10 minutos sobre um papelão não se compara, nem de longe, aos dias e noites de sofrimento, frio e abandono que atingem nossa infância, as organizações da Rede Amiga da Criança irão ocupar a praça, deitar em papelões e escrever neles mensagens de solidariedade ou de protesto contra esta realidade.
O ATO
Deve durar de 40 minutos a 1 hora entre a concentração e o término. Os participantes levarão papelões (contendo mensagens de solidariedade aos meninos que vivem nas ruas ou de protestos aos governos por soluções), logo após, todos serão convidados a colocar os papelões no chão e deitar sobre eles, por pelo menos 10 a 15 minutos em silêncio. Por conseguinte, será esticado um cordão (como um varal) e os participantes prenderão os papelões com suas mensagens no varal.
Precisamos chegar a tempo de garantir o direito à vida, a saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária.
A ação acontece simultaneamente em outras 14 cidades brasileiras e é organizada nacionalmente pela Campanha Nacional de Enfrentamento à Situação de Moradia nas Ruas de Crianças e Adolescentes – Criança Não É de Rua. O Ato marca a contagem regressiva para o lançamento da política nacional para inclusão social das crianças e adolescentes que vivem especificamente em situação de moradia nas ruas. Em São Luís, as atividades da Campanha são organizadas pela Rede Amiga da Criança, que faz parte da ação desde 2006.
Embora o artigo 4º da Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) preconize que é dever da família, da sociedade e do poder público garantir os direitos das crianças e adolescentes com absoluta prioridade, em São Luís, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social, foram identificados no ano de 2010, 277 crianças e adolescentes trabalhando nas ruas. Neste mesmo ano, a Rede Amiga da Criança atendeu 5.897 crianças e adolescentes em diversos casos de vulnerabilidade e destas, 716 estavam em situação de rua.
A situação de rua é o caso de vulnerabilidade mais prejudicial à criança e ao adolescente devido à condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontram e por ser um fenômeno que sempre aparece aliado a outras mazelas, como trabalho infantil, violência doméstica e sexual, uso de drogas e diversos atos infracionais. Por isso, ações de combate a esse problema são primordiais.
Sugestão para entrevista
Enilson Ribeiro: 098 8183-7047 (Rede Amiga da Criança)
Quesia Madeira: 098 8734-8259 (Pastoral do Menor)
Deilson Botão: 098 8254-9366/ 8893-0877 (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente)
Informações Gerais:
Rede Amiga da Criança:
Rua Direita S/N - Centro (Praia Grande) - 65.010-160
Fone (55-98) 3222-8468/ 8839-8130
23 de julho Concentração às 15h Praça Deodoro – Biblioteca Benedito Leite
23 de julho Concentração às 15h Praça Deodoro – Biblioteca Benedito Leite
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