sexta-feira, 24 de julho de 2015

Audiências públicas sobre Plano Diretor seguem neste sábado (25)



Audiências públicas sobre Plano Diretor seguem neste sábado (25)A primeira etapa da série de 15 audiências públicas realizadas para debater a revisão do Plano Diretor e nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo será encerrada neste sábado (25) na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Miguel Lins, na Alemanha. O processo foi iniciado na última terça-feira (21) e se estenderá até o dia 22 de agosto, segundo calendário divulgado em comum acordo com o Conselho da Cidade e Ministério Público do Estado.

Na segunda audiência, realizada na noite desta quinta-feira (23), no auditório da Fiema, o recuo, adensamento das edificações em zonas residenciais e a liberação de atividades industriais não permitidas pelo macrozoneamento ambiental proposto, deram a tônica ao debate.

O ex-vereador e engenheiro civil, Joberval Betholdo, representou o Conselho da Cidade na mesa diretora da audiência que teve o diretor do Instituto Municipal de Paisagismo (Impur), Luiz Carlos Borralho, como mediador. A revisão proposta para debate nas audiências modifica o capítulo IV, do Uso do Solo; e a sessão II do Capítulo III do Plano Diretor em vigência, que trata do Macrozoneamento Ambiental.

A proposta de suspender impedimentos industriais foi defendida pelo ex-secretário de estado de Agricultura e presidente do Sebrae, Cláudio Azevedo, que falou em nome das indústrias de siderurgia. Segundo Azevedo, São Luís tem vocação natural para a atividade siderúrgica.

Na mesma linha de pensamento, Lourival Pereira sugeriu a reavaliação do impedimento de atividade siderúrgica no Município pertencente à ilha diante da importância desta para o desenvolvimento da cidade. "Nos anos 80 havia dúvida com relação aos grandes projetos que aqui se instalavam. Trinta anos depois, verifica-se a importância desses projetos para a qualidade de vida da população de São Luís", disse Pereira.

"A Prefeitura de São Luís está encarando este problema que está se tornando crônico na cidade. A legislação urbanística está extremamente defasada e precisa ser revista para se adequar à legislação contemporânea. Estamos discutindo gabarito, questões dos corredores urbanos, calçadas", disse Luiz Carlos Borralho.

Marcelo do Espírito Santo ratificou a listagem de usos proibidos do solo por atividades econômicas que não são permitidas, como por exemplo a cadeia siderúrgica, mas ressaltou o acolhimento da sugestão do empresariado presente ao debate.

O uso de indústria a base de carvão, diesel e outras similares estão proibidos na cidade, segundo a proposta apresentada pelo Incid, a partir de discussão e consulta pública iniciada em janeiro de 2014 e em pareceres técnicos com participação da comunidade acadêmica do estado. Mais uma vez, o diretor Marcelo Espírito Santo reafirmou a proposta do Plano Diretor em promover um processo de urbanização associado à listagem de uso, conforme tabela da Classificação Nacional de Atividade Econômica, CNAE, dentre outras modificações. O plano segue diretrizes do Estatuto da Cidade.

No Plano Diretor, a proposta que está sendo apresentada nas audiências cria uma terceira macrozona na cidade, ficando esta responsável pela drenagem do solo. Segundo a nova Lei de Zoneamento a cidade, amplia-se de sete para onze o número de zonas residenciais. Cada zona tem índices urbanísticos, que estabelecem limites de área edificada, diferentes. As zonas do Centro e do Patrimônio Histórico terão um capítulo à parte no debate, já que terá legislação específica.

As sugestões apresentadas durante as audiências após sistematização serão novamente debatidas pelo Conselho da Cidade, entidade representativa da sociedade civil e poder pública, para só então o chefe do Executivo Municipal formatar a redação a ser encaminhada à Câmara. Marcelo do Espírito Santo prevê que até o final deste ano sejam concluídas a revisão do Plano Diretor e a aprovação da nova Lei de Zoneamento, revogando a em vigor, de 1992.

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